Ser Flamengo é ter alma de herói

"Há de chegar talvez o dia em que o Flamengo não precisará de jogadores, nem de técnico, nem de nada. Bastará a camisa, aberta no arco. E, diante do furor impotente do adversário, a camisa rubro-negra será uma bastilha inexpugnável."

A fantástica utopia do jornalista esportivo Renato Mauricio Prado.

A fantástica utopia do jornalista esportivo Renato Mauricio Prado.

             A fantástica utopia do jornalista esportivo Renato Mauricio Prado.

Conheci o RMP na década de 70 quando ele cobria o Flamengo e Seleção Brasileira e viajamos por esse mundão.

A última vez que o vi foi na Alemanha na Copa de 2006. Nem lembro de ter visto ele na África em 2010. Num lembro.

Hoje recebi uma mensagem dele: “Moraes, pra ti. www.uol.com.br /Na quarentena. O duelo do Fla 81/19.”

Porra, to com moral. Um dos maiores jornalistas esportivo do Brasil escrevendo pensando neu. Vou lá.

E fui. Só posso dizer: sensacional. Simplesmente S E N S A C I O N A L.

Com sutileza ele faz uma comparação entre os dois times do Flamengo Campeões da Libertadores, com uma parodia dakele jogo fantástico Flamengo X Santos em 2011 (5x4, lembra?).  

Inveja cão de num ter escrito e assinado a matéria. Não só pela utopia, mas principalmente pela singela homenagem que ele fez aos amigos jornalistas da época que hoje tão em outro cósmico e que, de alguma forma, participaram dakela epopéia.

Grandes amigos. Companheiros de viagens por esse mundão. Nakela época ou viajava todo mundo junto ou num via o jogo. Por isso o congraçamento.

Armando Nogueira, João Saldanha, Loureiro Neto, Waldir Amaral, Jorge Curi e dois que eram particularmente do coração. Claudio Mello e Souza e Oldemário Toquinhó. Meu Deus...

Renatão, tu lavou minha alma. Tua utopia é minha utopia. Teu sonho é meu sonho. Cê teve uma grande inspiração. Parabens muleke, de coração.

Meu amigo Luisinho já tinha me pedido pra escrever sobre isso. Disse prele na ocasião.

São épocas diferentes, times diferentes.

Em 1981 eu não só tinha o melhor time do Mundo. Eu também tinha o MAIOR JOGADOR DO MUNDO. Essa era a diferença.

Em 81 a final só complicou pela carnificina em Santiago. Num jogo normal teríamos ganhado aki e lá. Em 2019, partida única, foi pau a pau. Nem preciso lembrar né?

No Mundial: em 81 fui pra Tókio, tranqüilo e confiante. É só ir aki no site e rever minhas entrevistas pra TV e Jornal. Eu dizia: VAMOS GANHAR. PONTO. Nenhum medo de perder. Chance zero de num ganhar. Era o confronto do Melhor time do mundo contra o melhor time europeu. Na matemática era 95% pro Flamengo e 5% pro Liverpóo;

Em 2019 a coisa inverteu. Eles (Liverpóo) eram o melhor time do mundo e meu Mengão o melhor time da América.  70% x 30%.

Fui lá sabendo que era muito difícil. Quase impossível. Fui lá por uma bola. Só umazinha e ela num veio.

Em nenhum momento falei isso. Num podia baixar a guarda. Num podia jogar meu time e meu povo pra baixo, mas sabia que dificilmente eu voltaria Bi-Campeão Mundial.

É isso. Peço pra tu ler a matéria do Renato. É obrigatória pra que daki 20 anos tu repasse isso pros teus filhos e netos. Que fike guardado na memória.

Mengão sempre. Na vida e na morte.

Valeu

Moraes

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