Ser Flamengo é ter alma de herói

"Há de chegar talvez o dia em que o Flamengo não precisará de jogadores, nem de técnico, nem de nada. Bastará a camisa, aberta no arco. E, diante do furor impotente do adversário, a camisa rubro-negra será uma bastilha inexpugnável."

Só pra esclarecer.

Só pra esclarecer.

                                    Só pra esclarecer.

Nos três episódios do Zico 70 anos na Fla TV, aliás, fantásticos, o crédito na minha figura tá lá como “Fundador da Raça Rubro-Negra”.

A Beth e seu filho Arthur que me pediram pra esclarecer. Num sou. A Raça foi idealizada e fundada pelo Claudio Cruz, seu irmão Cesar e uns 15 abnegados. Depois vieram os agregados inté se tornar a maior torcida do Brasil. Aliás, no mês seguinte da sua fundação a torcida entrou no Guiness Book, como a maior junção de gente “feia” do mundo, benza Deus.

Minha participação na torcida era levar a faixa presse mundão e isso começou no segundo semestre de 1977. O Gustavo Vilela fez uma faixa e me “obrigou” a levar prum jogo no exterior. Num lembro se foi Flamengo ou Seleção Brasileira.

Raça Rubro-Negra – Sempre Presente.

Virou minha marca registrada. Nas raríssimas vezes que num ia na deleção os jogadores sabiam que tava no jogo através da faixa no estádio.

Outro ponto a esclarecer. Quando digo lá que “viajava com o time”  num era pra tietar. Nakela época ou você viajava junto ou num via o jogo. Num tinha as trocentas opções como hoje. Ia então: delegação, jornalistas e a torcida, Eu. Eh.eh.eh.

Tinha viagem que durava 60 horas. Num to falando merda não, tão todos vivos e é mole confirmar. Já ficamos mais de 30 horas em aeroportos.

Teve um jogo em Mossoró (acho que se escreve assim) e nem sei donde fica (Alagoas, Paraíba, sei lá) que foram 19 dias pra ir e 34 pra voltar, puta que pariu. E se num me falha a memória ainda perdemos a porra do jogo. Esclarecido, né?

E na sexta feira tem o último episódio da Fla TV – Zico 70 Anos. Quem ainda num viu é “corno” com direito a registro na Biblioteca Nacional e o carai. Pronto. Falei.

Valeu

Moraes

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