Algumas lembranças pra fugir da mesmice. Causos.

Algumas lembranças pra fugir da mesmice. Causos.
Copa do México de 86 (Guadalajara) - Zicão passava 48hs na sala de musculação e depois ia pro campo. Joelho desse tamanho Ó. O campo de treinamento ficava ao lado. Coletivo, titulares contra reserva e Mestre Telê num dava refresco.
O Valdo, lembra dele? Belo jogador, driblava 13, chegava na cara do gol e… Passava a bola. Zicão viu e falou rindo: “Neguinho, daí tem que bater, tá. Na Jogada seguinte ele repetiu e Zicão ficou com a cara amarrada. Na terceira o Zico saiu da musculação com as veias saindo do pescoço. … “Valdo, tá de sacanagem né? Daí tem xutar, caralho”. Geral pensou. Vai dá merda…
Que nada, acabou o treino e o Neguinho saiu correndo rindo pra abraçar o Galo: “Bliglado pela dica Zico. Vou corrigir” Eu e o Sérgio Cabral (o pai, porra, o pai, num é esse filhão ladrão aí) batemos um longo papo sobre essa liderança.
X - X - X
MengãoX River Plate, Libertadores de 82, Mengão lutando pelo Bi-campeonato. Eles, base da Seleção Argentina. Fomos de buzão, umas doze cabeças. Assim que entramos na Argentina o Chefe (Cláudio Cruz), falou: “Neguinho, tu que fala essa língua aí, resolve tudo, tá”. O diabo é que eu também pagava a conta e só ouvia. “Depois a gente acerta”. Fikei putaço.
Chegamos em Buenos Aires no dia do jogo e fomos almoçar num pé de porco. O garçom era um brasileiro de Jundiaí que tava fazendo uns bicos por lá. Papo vai, papo vem e: “Neguinho, pede nossa comida aí”. - Pede tu ué, tá surdo? Num tem boca não? Ficou puto, e aí se virou pro garçom: “nois ker carne, carne, boi, mu, mu, arroz, arroz, feijão e batata frita (fazendo gestos com a mão). O Garçom: que diabo de idioma tu tá falando? Eu sou brasileiro, porra, esqueceu? Tem gente rindo inté hoje. Hilário.
Valeu
Moraes