Ser Flamengo é ter alma de herói

"Há de chegar talvez o dia em que o Flamengo não precisará de jogadores, nem de técnico, nem de nada. Bastará a camisa, aberta no arco. E, diante do furor impotente do adversário, a camisa rubro-negra será uma bastilha inexpugnável."

Mengão x Goiaba - Pré Jogo


Mengão x Goiaba – Pré Jogo

Vai começar o brasilzão. Primeiro jogo em “casa”, certo? Jogo pra fazer três pontinhos, certo? Errado. Vamos jogar em campo neutro, ou melhor, quase neutro. Temos torcida em Brasília? Temos. Muita. Mas também fica pertão da casa do inimigo. Praticamente vamos dividir o pudim.

Mengão já fez isso ano passado. Jogou fora pra ganhar dindin, certo? Errado. Ganhou dindin, mas ficamos com a  calculadora na mão inté final do campeonato. Já falei aki: o torresmo só não queimou porque São Judas Tadeu não deixou.

Dinheiro é importante? É. Claro. Mas nada no mundo paga a vergonha de uma segunda divisão. Entra ano e sai ano e fico lutando todo ano pra não cair. Deus do céu.

Pior. Se “der zebra” nos jogos “em casa”, teremos que correr atrás no segundo turno, quando o campeonato vai tá emboladão, sem dadas, jogando um dia sim outro também e sem ter tempo de recuperação dos jogadores lesionados. Vai ser um inferno. Falar nisso, o Areias publicou hoje no seu perfil um artigo sobre esse assunto que é genial.

Juízo senhores. Juízo. Na parte administrativa os senhores estão fazendo um trabalho admirável. No campo esportivo nem tanto. Ah, Negão, ganhamos dois títulos. Nós sabemos como. Nós sabemos. Juízo senhores, Juízo. Os elogios fáceis de hoje, serão pedradas no trazeiro amanhã. Juízo.

Mas, sou sempre otimista. Sempre acho que vai dá certo. Nesses 9 jogos “fora” precisamos de no mínimo 15 pontos. Analisando a tabela acho que dá pra fazer 18 (vai ser otimista assim na casa do carai, Veio). Sou. Confio na minha camisa. Com fé em Deus começa a arrancada pra Libertadores amanhã. Primeiro jogo. Primeira vitória.

Nem vou lá. Tô doente. “arritmia do bolso”, ou seja, tô duraçooooooooooooo.  Além disso, tenho que ficar no Rio pra levar ovos de páscoa pro meu amigo Mario Cruz ou ele corta meus culhões.

Alô Povo de Brasília. Cuida bem do meu Mengão aí ok.

Vamos ganhar. Podem cravar. Conto com esses três pontos, pelo amor de Deus.

X – X – X

Minha nova amiga Anaceli (é esse o nome mesmo? Feio pragarai... eh!eh!eh!) lá de Foz do Iguaçu pergunta qual o país mais bunito que fui e as três viagens mais porretas.

Ana (vou abreviar essa porra tá.).Brincadeirinha amiga, brincadeirinha...

Vamos lá:

Num conheço país nenhum mesmo tendo ido a mais de 70. Meu trajeto é aeroporto, hotel, estádio, hotel e aeroporto. Raramente faço turismo. Só vou vê o jogo e ponto final.

Toda viagem é fantástica por causa do jogo e horrível pela viagem. Odeioooooooooo “ar condicionado” e nos aviões... Agora, três me marcaram no termo “porreta”.

Primeira – Zaire nos anos 70. Tu já imaginou viajar pro Zaire nakela época? Não, tu num tem a menor ideia. Ficamos num hotelzão pro padrão deles, 20 estrelas. O diabo é que no primeiro dia tinha uma mesa de comida típica da África: era um tal de assado de jacaré, cozidão de cobra...

Teve “gente” que passou três dias comendo biscoito com coca-cola... Duvido que me desmintam...

Nem lembro o resultado do jogo, mas que teve 600 gols, isso teve. Acho que ganhamos. Acho...

Segunda – Líbia nos anos 80 – Saímos daki com a programação de dois jogos. Só teve um e nem sei porque cancelaram o outro.

Levamos uma piaba bunitaaaa.  Porque foi “porreta”? Mesma pergunta. Tu já imaginou ir pra Libia nakela época? Akele ditadou malucou num podia vê uma bunda que... Se num fosse padre ele “traçava” geral... Teve “gente” que só desceu na hora do jogo, assim mesmo com 15 cuecas... Medãooooooooo.... eh!eh!eh! Neguinho ria muitooooo da piada.

Terceira – Iraque também nos anos 80. Jogo simbólico. Porquê? Primeira partida do Zicão depois dakela contusão séria. Nunca que eu podia deixar de prestigiar meu ídolo nakele momento. Fui. Sozinhooooooo. Uma merda. Mas valeu porque ele jogou praticamente a partida toda (se não me engano saiu no finalzinho).

Lembro que pra entrar no avião, as malas ficavam no “chão” do aeroporto em Roma. Cada passageiro ia, se identificava, abria a mala e só depois entrava no aparelho. Dentro. O menor segurança pesava 900ks com arma e o caralho.

Ganhamos o jogo. Acho que 2x1. Sei lá.

Meu Anjo da Guarda falou: “que qui tu tá fazendo aki seu escroto”? Quando voltar pro Brasil vô te dá uma surra de arame farpado. E deu.

Valeu

Moraes

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